Homens, aprendam a lutar.

Nós da Bardos e Bárbaros trazemos... 

 Homens, aprendam a lutar.

Era um belo e tranquilo dia, o vento vinha calmo e salgado das desembocaduras do mar e o som das águas chegavam como uma melodia calma ao povo em seus muitos afazeres, como uma cidade portuária a movimentação de estranhos entre os povo comuns de Xária se dava de muitas variadas maneiras, por assim dizer, barcos constantemente iam e vinham das muitas regiões do mar comerciar ali, naquele dia se havia chegado duas fragatas aos Portos cinza, uma trazia especiarias das ilhas Verônicas enquanto a outra trazia carne, vinho e grande quantidade de homens de pele cor de cobre queimado, índios e bárbaros de quem os senhores barqueiros se haviam assenhoreado nos caminhos do mar, pessoas sem nome ou honra que sem esperança, família e qualquer outro caminho se não morrer ou se por como burros e objetos de desejo, volúpia ou trabalho que com certeza não seriam recompensados adequadamente se que se pudesse por isso mesmo haver qualquer tipo de questionamento se não de consentimento claro e silencioso. Dunder era uma cidade que se havia principiado em uma pequena vila de conveniências se sustentava no comercio do peixe e enguias, mas foi durante o reinado do 14º rei que viu nas terras de Dunder uma vantajosa forma de pôr-se em comercio com as ilhas das regiões mais setentrionais do mar de onde o melhor mármore e as tintas mais refinadas podiam ser encontrados, tintas essas que eram comerciadas com as Terras baixas do inverno esse comercio novo trouxera a Dunder uma fortuna que acabou por transforma-la em uma grande cidade em menos de uma década, dizem que parte de sua sorte veio de seu culto a Gwin o deus das tempestades que acalmava seu mar, permitindo aos homens acesso fácil a grande quantidade de pescado e capacidade de navegação livre pelas terras que circunvizinhavam a região, agora era ela mais do que uma simples porta de entrada ao reino de Xária, mas também um lugar para homens que se haviam libertado seja por dinheiro ou por astucia e ladinagem, um reduto livre de indivíduos que ganhavam a vida da melhor forma possível com o que podiam, ganhavam ou com mãos e dedos lépidos e apregoantes de um silencio cleptomaníaco e que assim viviam sem nada a se preocupar em meio a homens sem liberdades agrilhoados sempre uns após outros em marcha cujo destino não sabiam e nem quando parariam, pois não tinham eles a si que nem ao menos humanos eram a vista dos que aos braços e pernas destes cedeu peso de ferro de serventia e escravidão, muitas coisas havia naquela cidade apinhada de gente, trabalho, desvelo e alegria podiam-se fazer para gozo e divertimento da alma humana, mas nada mais chamava a atenção de todos os homens, sejam livres ou escravizados do que a famosa arena de guerra, fonte de grande alegria para o povo e riqueza para aqueles que eram donos e senhores, ali naquelas bandas e nos locais mais remotos daquela garbosa região homens lutavam por dinheiro e honra derramando nas areias daqueles locais o suor, o sangue e a vida a que pertenciam, seus senhores lucravam e se engalanavam engordando seus bolsos na diversão que proporcionavam ao povo que além de mais nada ansiavam por algo que lhes ocupasse o dia produzindo trabalho e esforço e lhe tirasse sentimentos e horas de suas miseráveis vidas fatigadas.

Dunder tinha governantes como as varias outras cidades as suas circunvizinhanças que se ocupavam apenas em debelar qualquer tipo de rebelião ou sobressalto que se opusesse a seus governos, aos seus ditos e desditos, aos seus mandos e dissabores, homens que a seus aliados sediam favores e aos seus inimigos leis, leis, pois essas feitas apenas para seu próprio favorecimento e garantia, isso de certo modo não agradava ao povo de todo, mas os homens que de praxe se contentavam com comida e diversão, seguia o povo de Dunder de descontentamento em descontentamento sendo vez à vez amenizados e suprimidos, a cidade não era muito militarizada até por que era como que um acordo implícito entre as muitas camadas da sociedade de Dunder que uma rebelião ou grande guerra que atingisse qualquer que fosse a parte da cidade seria no mínimo extremante desastrosa seja lá para qual envolvido, Portanto, no exercício de seus expedientes os governante proporcionavam ao povo uma miríade de coisas para assustá-los e tirar deles o foco de sua própria miséria, entretenimentos como circos itinerantes como o famoso Circus Horribilis, companhias de patomimeiros, equilibristas, a maioria monges expulsos das muitas ordem dos mosteiros dos penhascos, ilusionistas, feiticeiros fracassados que ganhavam a vida iludindo e roubando .

Naqueles dias em questão se havia iniciado por aquelas bandas um grande torneio de luta em honra a Gwin o deus, pois a ele apreciava como sabiam os homens uma boa batalha e ele mesmo era senhor de guerra, mensagens haviam sido mandadas para os muitos quadrantes de Xaria e desses mesmos locais se haviam chegados dos mais diversos tipos de seres e indivíduos, redonda era a arena famosa onde se passaria as tiras e composta de três camadas de arquibancada de aramida e granito disposto em branco e preto de modo que os pássaros a veria como um belo e malfazejo tabuleiro de xadrez em formato de rosquinha, o campo onde as lutas sucediam eram oval, dividido em três partes, uma de areia, uma de pedra e uma com uma leve camada de gramíneas, um mezanino havia coberto em suntuosas sedas de vermelho e roxo onde o senhor da cidade se assentava sempre que lhe aprazia mostrar seu rosto balofo ao sol e agradar os pobres diabos, decorria, no entanto naquele dia que os que se haviam achegado se preparavam, havia orientais das ilhas do verão em roupas espalhafatosas e grossas armados de adagas e aracks, havia escravos cor de ébano e lábios fartos vestidos em tangas de texugo e sendo eles todos machados e maças, homens de pele morena e musculosa, mas não era nem de longe os melhores lutadores ou os melhores homens que se destacavam naquela arena, dentre todos o nome que mais era falado era o de um serzinho chamado Inundo, não sabiam de onde ele havia chegado ou de que bandas o trouxeram e quando questionado sobre só dizia que sua terra estava a muito tempo banhada em sangue de guerras e desejo de guerras que não queria ser controlado, isso achavam estranho, pois não sabiam de nenhum local dentro do território de Xária que estivesse em guerra aberta, julgavam-no vindos de terras do mar ou de algum dos arquipélagos que circundam o continente, esse individuo singular de origem ainda não totalmente esclarecida era mal quisto por todos ali, por alguns por raiva, outros por mero desconhecimento, mas a todos devido a forma com que ele aparentemente leva todas as coisas, pois este era sempre se vestia em trapos, maltrapilho e mal cheiroso, se cobria em um manto sujo e acre que na maior parte do tempo causava repulsa em todos, este era magro e esguio até onde se podia ver sob seu manto, parecia alguém constantemente necessitado de comida, aparentemente quase não se mantinha em pé muito embora fosse ávido e audaz, seus olhos tinham um brilho de desafio constante que para alguns era mostra de força, mas que para a maioria era sinal de constante irritação, sua fala era alta e profunda e ele sempre se dispunha a falar quando e quando não  necessário, sempre estava disposto a fazer o que quer que se lhe impusesse, não rejeitava nenhuma faina por maior que fosse o esforço, na arena os lutadores o detestavam pelo fato de que ele mesmo magro como sendo se inscrevera e se recusava veementemente a desistir da luta, haviam homens ali que eram pelo menos três vezes maiores que ele, mas ele se punha a luta assim mesmo, lhe batiam, subjulgavam, submetiam, tiravam-lhe os dentes aos socos e ele sempre lhes gritava “homens, vocês não sabem lutar” e apesar de todo e qualquer suplicio ao qual lhe era submetido ele não baixava a cabeça a ninguém ou a nada, sempre estava à sorrir, mesmo que não estivesse com dentes ou com a queixada quebrada, mais de uma vez os companheiros de torneio que com ele estavam treinando para o evento se infiltravam na cela dele para matar a única coisa com o qual viam que ele tinha empatia, um pequeno filhote de corvo que ao que viam ele não apenas simpatizava, mas pelo qual ele simpatizava, mas mesmo quando tinham a certeza que o animal estava lá dentro, quando adentravam na cela não havia nada lá além dos pútridos e abjetos objetos que ele mantinham, de lá saiam cabisbaixo apenas para encontrá-lo lá fora, lutando, caindo, levantando-se para cair novamente e se erguer sorrindo e gritando que os homens não sabiam lutar, ali decidiram por fim à aquele importuno individuo, seis era os que formavam aquela malfadada comitiva de vingança, dois orientais, três negros e um normando, cada um como sempre naqueles dias de campeonato armados até os dentes amarelados pelo excessivo consumo de muitos cogumelos, tudo tinha assim sua resolução naqueles dias belicosos e férreos, onde tudo era resolvido no preço do ferro e do sangue e onde o que importava para decidir ou dar fenecimento a uma questão era quem restaria em pé para reclama-la, avançaram, portanto até o infeliz cuja mera existência se lhes insultante e cuja mera lembrança era para eles uma motivação para a ira e para o aquecimento de seu furor oculto e terrível cólera que nada, se não, a própria morte daquele anêmico inseto desprezível poderia aplacar ou extenuar, puseram-se ao seu redor o cercando em uma semi roda de inimigo como colinas ao redor de uma depressão, pequeno parecia ele diante das colinas de músculos que o cercavam e em nada parecia se não como um animal encarcerado por inimigos ansiosos por fagocitar suas carnes e banquetear-se em seu sangue fresco.

O primeiro golpe foi ligeiro e inesperado a acerta-lhe o estômago com força e arrancar da face o debochado sorriso que como lábaro ostentava em sua face magrela e descarnada, o ar lhe foi arrancado de chofre e ele caiu de joelhos agarrado a pouca barriga que possuía, tossia e babava pela boca aberta e desdentada que estava aberta além do que era possível buscando cativar o máximo de ar possível a fim de remediar a dor no peito pelo ar repentinamente arrebato pelo soco, nenhum som emitiu, mas grunhiu feito um animal em um só de dar dó, porém nas notas que compunham as vidas daqueles bárbaros a nota Dó não existia e não lento o bastante esperaram ele se recuperar do primeiro golpe o cobriram de muitos outros, Inundo foi então esmagado contra o chão com socos e chutes que lhe acertava os braços magros com os quais se fazia uma débil defesa ao rosto já desfigurado pela própria vida, se acuou diante da avalanche de ataques que se lhe assomavam atingindo qualquer lugar que causasse dor extrema, os que ao redor lutavam ou treinavam cessaram sua atividades corriqueiras para visualizar o que ali se passava e aos poucos se amontoavam ao redor do pequeno espetáculo, vendo o linchamento do pobre coitado que não podia defender-se diante dos inimigos maiores e mais fortes que ele e exultavam ao vê-lo ali caído e ser espancado, uma ou dois protestavam contra aquela barbaridade mais seus palavras foram engolfadas no mar de gritos que incitavam não apenas o espancamento mais a morte do pobre diabo sem chance algumas naquelas terrificas circunstâncias. Os homens pararam então de bater nele apenas para ver um arremedo de ser em deplorável estado de vida, vermelho e inchado estava, sangrando por todo o corpo, os agressores e os espectadores caçoaram dele e de sua pífia força mandando-o que amaldiçoasse a fraqueza que o levara aquele destino cruel e pontuando que se havia algo que ele deveria ter para lhes vencer deveria ser a força bruta e frieza, que aprendesse a lutar como eles faziam e o xingavam e cuspiam, recomeçaram a bater-lhe, focando agora na barriga e cabeça no intuito de assassiná-lo, de repente e de modo inesperado ao manto em que se cobriam seus ombros ocultou todo o seu corpo e começou a erguer-se como uma barraca em trapos, os socos dos homens atingiam o tecido mas colidiam com o que parecia uma parede de ferro, mas algo estava errado, o manto se ergueu muito acima de qualquer um como uma montanha coberta de pardo, os homens pararam de socar olhando para cima assustados com o recente tamanho pelo alvo assumido, perguntando-se com o olhar uns aos outros como ele conseguira tal tamanho, pois embora constantemente encurvado, sabiam que ele não possuiria tal altura, o sangue quente foi sentido sobre seus rostos antes que os bárbaros que ali estavam soubessem de onde ele houvera vindo, a cabeça rolou dos ombros aos quais pertencia caindo ruidosa, uma mão rubra a arrancara, saída do manto, rubra era sua manopla e carmesim era o rastro. Simplório andarilho recôndito em suas vestimentas, um tanto refinadas para os trajes comuns, porém não chamava atenção pela pomposa indumentária, mas pelos olhos cobertos por uma venda, cintilantes em escarlate de sangue, seu charuto, ali me sua mão denotavam seu tédio diante de qualquer desafio, tomados de posse por um grande temor os homens naquela arena silenciaram seus egos e palavras, nada conseguia sair de suas bocas se não o assomo de pavor, o manto voo então aos ventos lançado com uma rubra e titânica mão vermelha coberto de aço, onde antes estava o raquítico Inundo desprezado e desprezível, espancado e magro, indefeso e feio estava agora o que parecia a aqueles homens como uma gigantesca montanha negra que imprimia sua sombra sobre as planícies abaixo de si e que tinha seu cume coroado de gelo e fogo, cujo brilho de seus olhos vedados era como uma luz que faz murchar com seu calor tudo que vive, trajava uma armadura como que numa mistura sacrílega de travas e sangue, seu porte era o de um homem como que merecedor de grandes honrarias, alto, invicto, incólume, indômito, e os que ali estavam tremeram diante de sua magnificência tornada visível, mas todos estavam errados em admira-lo, ali começaria seu terror.

O terror que ele instilou naquele dia ficaria gravado na memória das ruins de Dunder por gerações a fio, o primeiro homem a ser ceifado depois que seu rosto foi revelado foi o normando, a mão do grande cavaleiro atravessou a barriga dele como faca na manteiga, parecia não ter tido resistência, este, o normando apenas cuspiu sangue e caiu sem mais nada fazer, os homens o olharam pasmos, grave erro, o rastro vermelho foi rápido, quatro caíram sem vida, suas cabeças rolaram ruidosas, seus movimentos eram velozes e sua sede pelo sangue, insaciável.

 Aquela arena se tornara agora um lugar nefasto e cruel onde uma fera insaciável habitava e caçava sem com nada preocupar, alguns dos homens correram tentando sair da arena mais se viram presos à portas fechadas para desespero próprio, já outros, experientes na arte da barbárie e no cultivo do caos decidiram que anormal ou não a força daquele ser não deveria ser infinita e, portanto podia ser combatida, puseram-se então em postura de luta e esperaram por hora mais oportuna deixando aquele monstro usar os mais fracos e covardes como alvo e isca e estudavam seus métodos nesse ínterim, seja lá quem fosse aquele ser parecia que saído de algum recôndito abismo, onde enjaulado vivera em busca e na esperança desse micro momento de liberdade e carnificina no qual agora não apenas se banqueteava, mas também exultava, pois a cada membro que decepava, cada vida que tirava maior se tornava seu sorriso e sua gana por continuar, um momento quatro o encurralaram depois de ele ter esmagado a cabeça de uma bávaro contra a parede até que cérebro desse se lhe escorresse pelo dedos, o ser virou-se olhando os que o acuavam, dois com lanças, um com uma espada curva e um com uma espada curta, mas parecia com uma adaga ao seu ver, haviam ali naqueles homens olhares diversos e variados, uns mistos de medo e arremedos de coragem facilmente extirpável, eles mais pela euforia e pelo medo que por qualquer outra coisa atacaram, a manopla rubra deixou um rastro no ar quando ela se moveu para esquivar ao golpe da lança, segurou a espada na mão vestida pela manopla e a lança com a outra, esta era a hora, estava cercado e com os punhos comprometidos, o cavaleiro que ostentava a espada curta investiu, mas audaz como uma corça Ele a segurou entre os dentes, mas havia ainda o bárbaro de cujo ataque Ele se desviara que agora investia, sabia que sua era a vitória, que daquela distância não havia chance de esquiva ou defesa, estocou, foi inacreditável, uma mão, translucida que mais parecia feita de algum tipo de cristal emergiu das costas daquela coisa e segurou a espada que o atingiria, o guerreiro de olhos vendados virou o rosto sorridente olhando como parecia para trás, sorrindo sussurrou “homens, aprendam a lutar”, o braço de cristal quebrou a lamina com a força e num movimento limpo estavam enfiado me seu peito, os outros homens pereceram tão rápido quanto em movimentos ligeiros que velozmente espalhou seu sangue pelas areias daquela arena, pois o que ostentava a lança intentando um ataque foi evitado acertando o amigo ao lado e sendo logo após atingido por sua própria arma tomada se si, o guerreiro vendado tomou por fim a adaga da mão de seu portador com um rápido movimento de cabeça, ele se ergueu chegando a sua altura máxima, enorme diante das formigas amedrontadas a seus pés, ele ergueu as mãos sujas de vermelho vivo, uma pelo sangue embebido dos corpos, a outra coberta pela manopla carmesim, reluzente como se o metal tivesse acabado de ser polido, com espinhos era adornada, no formato de um dragão, de cuja boca dentada saia a mão como labaredas.

-Eu viajo a dias sem tosquenejar ou tomar fôlego, no meio da poeira e entre lama e água, eu tenho cruzado as fronteiras de Xária por terra e mar atrás de homens, ouviram? – e gritou- HOMENS, pessoas com caráter, força bruta e frieza para não tremer diante de obstáculos, homens que não se iludem com a própria força, não esperam que sua vitória caia do céu por auxilio de deuses fracos que usam de manchas de tinta para esconderem a fase covarde, vocês se acham guerreiros?- riu-se debochadamente sempre girando para todos os lados e fazendo o possível para que todos o ouçam – mais se parecem com um grupo de poetas gordos e filósofos flácidos, homens de barrigas cheias e braços fracos que dependem das facilidades da vida para estar por cima, eu me envergonho de você covardes.

Ouve um silêncio taciturno que seguiu ao ultimo deboche, não sabia-se se esse era o motivo, mas homens pegaram e armas após aquelas palavras e os que já as tinham as agarraram como que se agarra a vida, o medo lhes parecia que os havia abandonado por hora.

Um guerreiro em especial postou-se em frente ao cavaleiro vendado, sua arma em punho e armadura no cobrindo todo o corpo, sua respiração era alta e metálica e havia o símbolo do monastério Pico céu onde eram treinados os monges do reino, este, porém armadurado deveria vir também de um dos colégios de guerreiros, provavelmente um cavaleiro do reino ali estado para vistoriar os parâmetros do campeonato, este não estava ali para brincadeiras e sem ademais partiu, sua lâmina era destra e sua estocada firme, raspou o metal rubro da manopla ao se defender arrancando faíscas ao tentar perfurar um dos olhos vendados do guerreiro, mas não o acertou, pois este dispondo a lâminas nas mãos a girou e a desviou, este se afastou e sorriu.

- Vejam aqui alguém digno de minha atenção.

O guerreiro vendado fez um movimento estranho e circular com o braço esquerdo e dele surgiu uma bela e rústica espada, sua cor era de um azul celeste e parecia refletir o céu acima de todos, não era metal e essa certeza tinham os poucos que ali estavam, era translucida, mas parecia um prisma pelo modo como refletia o sol em pequeno arco Iris, este a ergueu fazendo brilhar e avançou, as espadas se encontravam uma vez após a outra sem parar enquanto os que viam tremiam, como poderia alguém enfrentar tal besta e não recuar, se perguntavam, mas o cavaleiro seguia enfrentando o guerreiro vendado, mas havia uma questão que era pertinente, pois diferente do guerreiro vendado o cavaleiro era humano e portanto passível do cansaço da carne e com o tempo de fato cansou, seu ataque vacilou e sua espada não subiu a tempo, o cavaleiro foi desarmado e o guerreiro o pegou com a mão da manopla pelo pescoço e o ergueu.

-Você tem coragem meu jovem, diferente dos nossos espectadores você tem peito, me diga seu nome para que Prisma o lapide no meu hall dos corajosos e para que eu possa dar a um homem a morte que merece, por minhas mãos.

Ele apertou o pescoço do cavaleiro e seu elmo amassado rolou de sua cabeça, uma avalanche de cabelo negro e correu e se espalhou ao vento, os lábios eram fartos e a pele era escura, ela segurou-se a manopla buscando respirar.

-Eu sou mulher seu burro.

O punho rubro de fechou separando a cabeça do corpo que caiu sem fazer maior barulho que o urro de prazer do maligno guerreiro

A prece na igreja era alta e calma, as mulheres ordenadas estavam devidamente vestidas de negro e vermelho, as cores de Gwin e oravam, Sun Gwin in prestos modus, hipnus himano tua, e repetiam isso, o senhor Alto Clérigo estava a frente da igreja de braços abertos regendo a oração que se seguia, era ele velho com uma tonsura na cabeça grisalha, sua voz era rouca e lenta e era de baixa estatura e encurvados, sua roupas era azuis e brancas destoando das roupas da irmãs ordenadas, azul e branco eram as cores do brasão de armas e da lâmina de raios de Gwin, o grande.

Tudo estava como de costume, Coloran o Alto sacerdote já havia celebrado aquela missa mais vezes dos que talvez ainda se lhe tivessem sobrado cabelos na cabeça e quase nada nunca saia do previsto e até ali nada estava diferente, se repente e de modo inesperado uma pancada alta soou pela nave da igreja como se alguém houvesse arremessado algo de grande peso contra as portas da igreja, cessou a prece, a música leve que tocava parou e quase todos os rostos se voltaram para a porta, um segundo som tão inesperado quanto o primeiro ecoou sobressaltando quase todos.

-Calma a todos, não deve ser nada- advertiu o Alto Clérigo – em tempos de festivais o povo se torna mais ousado, mas não ousariam macular a casa de nosso senh...

Ele não pode terminar antes que uma terceira pancada soasse essa, no entanto derribou as portas de seus umbrais arrancando-as das dobradiças e esmerilhando suas madeiras e adornos, o som do estardalhaço de sua queda e da densa poeira levantada o povo que ali estava gritou, se assustou e correu tentando se salvar seja lá do que houvesse chegado, a poeira ainda levitava e a crianças ainda gritavam em meio ao caos quando a luz que advinha do portal foi oculta por uma figura grande e alta que adentrou calmamente em um andar debochado e solto, seus traços negros foram tomando forma e detalhes a medida que deixava de ser ofuscado pela luz para a iluminação dos archotes, era alto, poderoso e forte, trajava uma armadura de prata e cinzas com adornos de espinhos e cristais, vestia um sobretudo de couro vermelho gasto, seu braço direito era envolto em uma manopla vermelha, rubra como o sangue, um cachimbo trazia na boca despojado como era possível para alguém sujo de sangue, seus olhos era o que mais chamava a atenção por estarem vendado e ainda assim deles emanar um brilho dourado e cruel de fato, ele andou sem se preocupar até o gran altar e lá se pôs como que em desafio de face ao Alto Clérigo que o encarou com os olhos semi cerrados, o velho não se mostrava tremente nem acuado, mas se empertigou e falou.

-Como ousas danificar um monumento sagrado a Gwin, grande e honrado? Quem seria o detentor de tão efetivamente hediondo ato?

-Quem sou eu é uma pergunta muito boa, mas meu nome se perdeu com  ávida que deixei para trás antes do inferno, junto com tudo que eu era, não atendo por nome se não por aquilo que sou e eu sou a tormenta, a destruição e a morte, o pesadelo dos que sonham acordados a esperança de um mundo melhor, o que ouvirá os desertores dos que se opunham a minha senhora dragonesa, eu sou Guerra.

O sumo sacerdote tomou o cajado que detinha e se retirou de detrás de púlpito e olhou Guerra nos olhos.

-Você se diz muitas coisas terríveis e calamitosas, eu lhe digo que não sou muito se não a fé que tenho naquele a quem sirvo, que ele virá e nos salvará e se não vier nos receberá nos palácios onde nos guardará em propriedade e contra isso nada podeis fazer.

Guerra rui-se do que o velho disse, abaixando-se com as mãos na cintura para olhar o velho na altura dos olhos.

-Belas palavras, mas elas mais me parecem ser poeira sob o coração velho e covarde, de um homem que se diz livre enquanto seu coração presa aos grilhões de uma fé débil e carcomida, macaquinhos treinados, feitos para dançar, dancem macacos, dancem. Debochou no fim.

-Pode rir o quanto quiser, mas nãovai ser você o primeiro obstáculo a minha fé, meu Senhor Gwin é poderoso para nos ajudar...

-Pois que ele venha então se ele é tão poderoso, que venha me enfrentar, pois se ele não vier eu e meu dragão destruiremos essa igreja, mataremos todos aqui e depois queimaremos essa cidade viva e você assistirá tudo, verá Dunder se tornar um posto para gloria de minha senhora e um monumento para o belo e novo mundo que ela criará e que eu criarei com ela. Chamem-no – Guerra se dirigiu a todos os fieis aos gritos- CHAMEM-NO!

As mulheres gritaram e clamaram em preces baixas e desesperadas, o cavaleiro vendado olhou para o velho e disse:

-Não vai clamar? Como seu deus surdo o ouvirá dessa forma. Vamos, seja pelo menos alguém divertido de matar...

Um gigantesco e estrondoso trovão rasgou o dia, Guerra viu sua sombra encobrir o velho, sombra que não estava ali antes, os olhos do velho sacerdote se dirigiram para algo atrás sobre o ombro de Guerra, cujo sorriso aumentou ao se virar.

Ali diante de todos em magnificência maior que qualquer outra coisa estava um ser de Escelsa resplandecência, trajava uma dourada armadura completa detalhada em verde e prata com raios a sair-lhe pelas arestas em formato de sol, seus cabelos eram negros e radiantes e sua barba farta e fechada sob olhos ferozes e brilhantes, sua capa era branca e roxa e nas mãos trazia algo como que um raio vivo trazidos dos palácios dos céus que crepitava e iluminava como um coração vivo. Onipotente se mostrava ali no são Braz da casa sagrada.

-Oh tão odiosa raça, ousaste macular o chão de minha humilde casa passando por seus umbrais e ainda cometeste um crime maior que morte ao ameaçar-me, pestilência ruminante sobre o mundo, te expurgarei daqui como bens merece, para provar-te de minha imensa benevolência, tirando-te da maldição que tens como vida.

Gwin pôs-se a posto e empunhou a /raio da Aurora, sua magnífica espada feita de bronze celestial, Guerra novamente fez um estranho e circular movimento evocando sua prismática espada.

-Mostre o que pode fazer.

Estava ali agora algo muito inusitado que os que ouvirem chamaram como certo de mentira, um guerreiro vendado com uma espada cristal e um deus literalmente descido do céu para ali confrontarem-se, o alto sacerdote olhava os dois ali diante de si, não sabia de onde Guerra viera nem qual era sua ascendência, no entanto um poder maligno saia de seu desejo de matar e massacrar sempre presente em suas palavras e atitudes, sobre ele nada sabia se não de sua arrogância, mas podia ver e disso se atemorizava, enchera-se de orgulho com a chegada de Gwin, deus a quem dedicara anos de subserviência, mas se poder de Gwin era quente e acolhedor como o sol sobre um prado  a malicia que emanava de Guerra eram pesadas nuvens de trovões para encobri-lo e o velho tremeu nas poucas pernas, seja lá o que fosse acontecer nos dias que se seguiam sabia que havia agora forças sobre o mundo com as quais até os deuses tiveram de se mobilizar e agradeceu a muita vida que viveu e o pouco tempo que lhe restava.

-Cessará aqui sua ira sobre meu povo e darei fenecimento a sua espúria prole deste mundo ser vil.

-blá blá blá, venha pra porrada, seu maricas pomposo

Eles firmaram sua base e avançaram, voou poeira tamanha era o ímpeto de suas velocidades, Gwin, senhor do trovão era mais rápido, fez um movimento esquivando da arma prismática de Guerra, postou-se as suas costa e com um único movimento de sua espada de raios Gwin lançou com um clarão Guerra com o impulso de um trovão, Guerra sabia qual era o intento de Gwin, o maldito deus queria tira-lo da igreja, proteger seus humanos fracos e acuados, Guerra abriu os braços conteve sua trajetória e virando-se no ar aterrissou usando a mão como apoio, olhou para Gwin que vinha confiante com sua espada a crepitar, as pessoas ao redor corriam e gritavam e Guerra não sabia se por sua chegada aterradora ou se haviam sido descobertos seus experientes na arena, mas de nada lhe importava já que seu inimigo estava a sua frente, belo e pomposo, Gwin era rápido e Guerra sabia disso, poderia se quisesse tê-lo acertado durante o voo e se o tivesse feito ele teria grandes problemas, pois o poder daquela espada era perigosa. Guerra ergueu-se, respirou e sentiu a direção do vento enquanto se fixava no inimigo, sentiu suas passadas e seus modos, qual braço era dominante, os pontos abertos de sua postura e as falhas de sua armadura horrendamente adornada, quando Gwin investiu ele olhou suas pernas e como elas se movem, como ele segurava a espada já que sabia que não poderia vencer este inimigo tão veraz se se comportasse como fez na arena e não queria usar seu maior poder, aquele não era alguém a se subestimar, apesar de ser um deus da superfície, menor, era um deus.

As espadas se chocaram causando um estrondo que ocasionou uma lufada de vento, se chocaram novamente, juntas elas se enfrentavam silenciosamente, os raios da espada de Gwin tentavam penetrar no prisma da espada de Guerra, mas nela tinham fim e se apagavam, mas um golpe e dessa vez a espada do deus do trovão se partiu em pedaços, o cavaleiro sorriu julgando ter vencido, mas um estrondo ofuscou sua visão e Guerra foi arremessado batendo-se contra o solo varias vezes atravessando casas e construções, Guerra parou junto a fonte da praça sacudindo a poeira e levantando-se rapidamente, ergueu a espada a tempo de se defender, o raios de Gwin eriçando seus cabelos negros, Guerra tinha de afasta-lo, ergueu a mão na altura do rosto do deus e fez uma explosão de energia que os afastou para longe um do outro, eles se recuperaram e se puseram a postos.

-A raio da aurora lhe causou dúvidas infame criatura, sua habilidade, Quebrar é sua vantagem.

Guerra nada disse investindo, Gwin se desviou, posicionou-se e deu uma rasteira em Guerra e o acertou com a espada que causou explosão, o cavaleiro quicou e se ergueu para ser atingido novamente com outra explosão fazendo-o ser arremessado ao longe, Guerra se levantou rápido e correu para cima do deus que se defendeu, as espadas se chocavam em movimentos rápidos enquanto eles se moviam tão rápido quanto se poderia enxergar causando varias explosões, mas Gwin era mais hábil com a espada e seus poderes de trovão o tornavam mais rápido com um movimento rápido ele girou sua lâmina ao tentar estocar acertou a banda da espada na mão da espada de Guerra e o deus a atingiu com o dedo e um raio a lançou longe e acertou o cavaleiro vendado com um chute o lançando longe, Guerra se ergueu com clara visão de raiva no rosto, mas certa satisfação, Gwin estava com a mão no ombro, recebera um soco ali, mas Gwin vira, seus dois braços ostentava a espada, tinha um pensamento sobre, mas precisava ter certeza, usou seus poderes de trovão e investiu rápido e ao chegar próximo saltou posicionando sua espada para baixo para atingir Guerra que com pouco se esquivou, mas Gwin o empurrou com o ombro e girou atingindo diagonalmente o cavaleiro na manopla que repeliu o toque com o metal de raios lançando Guerra a um distância, mas o deus não saiu ileso, fora atingido nas costas e no rosto para sua surpresa e certeza, Gwin o olhou e seu olhos tomou momentaneamente um tom azul:

-Sabia que um ser de sua estirpe usaria desses tipos de artimanhas, Simbiose espiritual, essa técnica do abismo profundo é proibida e profana, então você é um cavaleiro de dragão.

Guerra abriu os braços relaxando a guarda e de si uma figura surgiu, a aura de um ser incólume como os montes, um dragão gigante que abria os braços azuis e negros semelhantes a cristal e rugia ao céu aberto, podia se ver que embora separados os dois seres eram empiricamente unos, como o cavaleiro e sua montaria, o braço e a espada que o impunha.

-Este é Prima, este é meu dragão e principal comandante, ele me auxiliará, vamos deixar agora aqui as brincadeiras de criança, ajoelhe-se aqui e agora e o deixaremos viver.

Gwin estava contrariado e irado.

-Eu me ajoelharia diante de tal subserviente criatura tumular que rasteja nas sombras com medo, eu sou o sol que ilumina a noite escura do homem, a luz que adentra a nuvem de tempestade em raios para mostrar o homem a luz dos deuses mesmo que este delegasse a ela medo, que sou o sol na noite me ajoelharia diante de tal escoria rastejante como você?

Após as palavras de Gwin cessarem Guerra bateu palmas calmamente para revolta e ódio do deus.

-Lindas palavras deuszinho, mas devo dizer que você nos trouxe uma boa diversão, alegre-se em saber que me divertiu, mas está na hora de mostrar. – Guerra ergueu o braço envolto na rubra manopla e nuvens negras de tempestade se condensaram e raios coruscavam e trovões reverberavam entre os céu e as nuvens, um trovão desceu até a manopla que o recebeu, a armadura negra e vermelha foi imbuída da energia que fez brilhar seu ser e uma ofuscantes se tornaram seus olhos sob a venda – Este Punho do Conflito hoje será o cessar de sua vida.

Ali estavam, pois os dois, Guerra, o cavaleiro do Dragão e Gwin, o senhor do trovão e da luz, enquanto acima o sol disputava lugar sobre a cidade com as densas nuvens que dividiam tudo em dourado e sombrio. Ambos com raios pelo corpo.

Os dois investiram como raios e se chocaram causando uma explosão que destruiu as casas ao redor, a espada e a manopla se encontravam em explosões e ambos se repeliam, o deus afastou dois socos com o braço livre, mas foi ainda atingido o que o fez recuar, o deus atacou rápido  e seus golpes foram bloqueados no alto acima da cabeça de guerra, de seu flanco esquerdo  mesmo o eu tentou em suas pernas, o cavaleiro sentiu a espada do deus resvalar em sua manopla quando se defendeu, mas fora atingido por um soco mais veloz de Gwin seguido por um chute que atingiu Guerra no peito que embora afetivo como golpe não foi muito potente fazendo o cavaleiro voar para trás, mas este se recuperou ricocheteou em uma casa que caiu e avançou num soco que foi aparado pela espada de Gwin que não foi uma boa decisão, pois dois braços de cristal surgiram o atingiram e o lançaram ao longe fazendo se chocar fortemente contra o chão e sua espada voar de sua mão, Gwin rápido juntou as costas ao chão e com os pés se impulsionou fazendo com o corpo um arco de 180° do inicio ao final do movimento para se pôr de pé pouco antes de Guerra aterrissar como um projétil no chão abrindo um buraco onde já havia um.

Guerra sai do buraco com seus olhos em lume saindo em meio ao fumacê de terra e poeira, Guerra lançou um raio em Gwin que o desviou com o braço e depois outros e mais um, o cavaleiro correu e os dois se encontraram aos socos, Gwin era um bom lutador e Guerra não ficava atrás nesse aspecto, socos e chutes que causavam clarões, mas o cavaleiros estava em vantagem, mais de uma vez os braços de Prisma atingiram Gwin que não podia se defender, de repente algo explodiu atrás do cavaleiro e o lançou contra o paredão da cidade, o deus estava novamente com a Raio da Aurora em mãos:

-Minha vez.

O cavaleiro se impulsionou, tendo seu ataque defendido e atacando mais, seus movimentos ficavam mais rápidos e seus socos mais poderosos, como se agora os raios que o iluminavam o tornassem mais forte a cada soco, Gwin estava sendo acuado e pressionado ao passo que se esforçava, era ele um deus e não podia se deixar derrotar e era essa perspectiva que agora o infundia no espírito ali tornado carne para a luta e não entendia como um mero cavaleiro estava conseguindo acua-lo já que mesmo sentido dele adviesse um poder de fato maligno não imaginava nem de longe que nele houvesse tanto poder, mas agora era tarde demais, Guerra estava mais forte e o senhor do trovão percebeu tardiamente que o cavaleiro só agora estava a mostrar seu verdadeiro poder.

Gwin foi derrubado, um soco mais forte o atingiu, vários deve-se salientar, mas unidos em um só movimento, o deus fora arremessado no chão e com um chute violento sua espada lhe fora arrancada da mão, dois socos o tingiram no rosto desnorteando-o o suficiente, ele tentou lançar um raio em seu inimigo porém sua mira não estava precisa e ele errou ao passo que ao tentar se levantar levou um chute que o fez girar no chão de terra e ao se levantar ou melhor tentar dois socos o lançaram longe, os ataques de Guerra eram tão rápidos e fortes que o deus dos trovoes mal os viam, triste esta o deus mais que qualquer outra coisa, estava em desvantagem e não conseguia erguer-se, em nada lamentava mais do que saber que este infame ser retornaria aquela igreja, mas seus pensamentos foram perturbados por mais um golpe, ele fora agarrado pela perna e girado como um boneco e ao ser solto voou chocando-se contra  muralha, mas ao invés de para com o impacto seu movimento devido ao ímpeto de sua velocidade o lançou aos contornos do muro aumentando seu dano, sangue cospiu ele dourado como o ouro, sua cabeça latejava e sua corpo tremia ele não sabia se pelo medo ou pelos danos a ele causado, pensou Gwin nas tempestades e nos ventos doces que tanto o agradavam, pensou no mar que se agitava de alegria a sua chegada e como os homens de terras secas agradeciam quando a chuva e os trovões a acompanha-las chegavam, pediu forças a essas lembranças e orou, pediu a Gwandã seu irmão para que caso ele ali perecesse fosse pelo deus do sol vingado, o deus ergueu a mão tentando convocar sua lâmina, mas nela guerra pisou:

-Tentando chamar ajudar deus fraco, deixe que eu lhe diga algo, ninguém virá. – quando Gwin intentou retrucar Guerra enfiou-lhe o sapato na boca com um chute que o afundou mais ainda no chão – você não tem mais direito aqui, nem mesmo de retrucar, os homens que confiaram em você morrerão hoje sabendo que sua única esperança se foi, essa cidade que se sagrou a sua honra cairá como posto de minha senhora, ninguém mais nos deterá, os corações dos homens se anuviarão quando eu lhes mostrar que até os deuses sangram.

Os olhos de Guerra ficaram negros em detrimento de seu corpo que ainda brilhavam e ao olhar lá dentro o deus viu nas trevas cinco pares de brilhantes olhos, negros, verdes, vermelhos, azuis e brancos, olhos que parecia ter neles o fim de todas as coisas, mais do que simplesmente destruição, mas o derradeiro esquecimento de tudo que até então se havia de conhecido e neles Gwin viu seu fim.

Gwin sentiu dedos entre a brecha de sua armadura e foi lançado até se chocar com o chão, algo pesado caiu sobre ele e com soco após soco foi afundado no chão, e a cada novo golpe o chão de Dunder tremia como se um terremoto a envolvesse fazendo desmoronar casas e mercados enquanto as pessoas pegas no torvelinho dos acontecimentos corriam e gritavam sem tentar compreender o que se passava antes em somente preservar a pouca vida que lhes restava. Guerra investia contra im inimigo praticamente derrotado afundando-o cada vez mais com socos e chutes de tal modo que a cratera em que estava cresciam em profundidade diâmetro enquanto a expressão de fúria e raiva crescia na face vendada do cavaleiro até nada mais se parecia do que um torça de terror incontido, ele parou enfim depositado em um tão enorme buraco, olhou para o corpo de Gwin, a luz de sua centelha agora esvaecida e escurecida de modo que sua armadura brilhante adorna de sois e trovões agora aprecia velha e acabada coberta de poeira e terra, mais alguns socos foram dados, mas dessa vez com menos força e ódio, o rosto de Gwin se tornara agora um irreconhecível amontoado de nódulos, o corpo do que um dia pode ter sido um grande e glorioso deus agora jazia ao pés de tão infame servo da dragonesa, terrivelmente abusado e destruído, sem honra ou glória alguma que um dia lhe pertenceram.

Guerra pegou um dos pés de Gwin e com um movimento lançou o corpo ao redor de seu pescoço e com passos rápidos passou pelas pessoas que se desviavam dele e de sua terrível e tremenda expressão, chegou à igreja onde poucos ainda estavam reunidos na malfadada tarefa de orarem pela força de Gwin e sua agora impossível vitoria.

As mulheres ao virem caíram num choro de desespero e tentaram fugir, o sumo sacerdote ao velo baixou a cabeça e esperou enquanto o cavaleiro se aproximava, mas quando o corpo de Gwin foi jogado aos pés do altar em um monte de empoeirada armadura e rosto deformado, o sacerdote o olhou corajosamente.

-Acho que você depositou sua esperança na pessoa errada, seu deus fraco serviu apenas como um atrativo a mim, toda Dunder é minha agora e de minha senhora, tornarei essa cidade um posto para minha glória para sempre e nem mesmo o eco de suas lamentações atravessará a muralha, saiba velho que eu O grande Cavaleiro da Guerra da grande Ordem dos Quatro cavaleiros dos Apocalipse chegou para mostrar que a ira sobre este mundo jamais cessará.

O velho mal pode falar quando o sangue lhe subiu a boca, a manopla estava fincada em seu esterno e seus olhos puderam se fechar quando ela foi retirada, a última coisa que o sumo sacerdote viu foi o vitral do iluminado Gwin que mostrava o onipotente deus a sorrir.

Guerra saiu da igreja e com a mão esticada chamou sua espada, nela sentiu a vontade: - Você quer sair não é amigão.

Um espectro lhe saiu do corpo como uma grande nuvem trovejante se materializou em um gigantesco dragão, Prisma estava ali, maior que os montes e outeiros, incólume acima das nuvens de chuva, maior que a vontade do ferro e do poder do céu, suas asas abriram-se e dos cristais que a compunham seu rosto foi milhares de vezes refletido, Prima era seu nome e temerários era seus feitos, o dragão das cinco faces, ele rugiu e estremeceu a terra e lançou contra a cidade seu jato de cinco energias que aterrorizou os povos que fugiam.

Guerra lembrou-se então de algo e caminhando tranquilamente em meio as crianças, mulheres e homens que se desesperaram pela repentina chegada do terror alado tentavam se salvar de seus jatos mortais, seguindo a energia emitida Guerra chegou até onde jazia a espada de Gwin agora apagada e a tocou, mas quando o fez a mão de sua manopla esquentou e voaram faíscas do metal, os dois não suportavam se tocar tamanha era a rivalidade entre os metais, mas Guerra com ódio a tocou embora explosões e raios voassem e segurado-a com força pôs nela toda sua raiva e desejo de destruição e posse, seu ódio foi a ela transmitida e ela foi aos poucos cedendo, seus metal azul foi se tornado negro e cinza até ser consumida pelo ódio, nesse momento a espada se tornou negra. Guerra a ergueu em direção aos céus e ela se imbuiu de raios negros que subiram até o céu convocando uma tempestade que caiu sobre Dunder trazendo gotas negras de sangue e fuligem a cair sobre todo aquele solo maldito, ventos trazido do inferno, violentos e quentes sopraram fazendo os mares se revoltarem e virarem os braços que esperavam aportar.

Ele baixou satisfeito sua espada quando contemplou de longe uma tempestade diferente ao longe, nuvens de gafanhotos e insetos estavam se aproximando como sombras de desgraças ao sabor do vento forte, Peste seu companheiro estava vindo para cumprimenta-lo.

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